Ao meu amor…

Lindo!

Devaneios e Poesias

Um príncipe, um anjo, um menino
Tu és dono do meu destino
Tu és inspiração da minha poesia
Da minha vida, tu és a alegria

É o sonho que desejo a cada anoitecer
E o despertar de cada aurora
Distante de ti resta-me sofrer
E mesmo assim, a esperança em meu coração aflora

É a solidão que me consome
A ferida que não se cura
É a dor que nunca dorme
Mata-me pouco a pouco, e ainda o amo com ternura

É o vento frio que me acaricia a face
Congelando meu pranto
E ainda que tanto frio me matasse
Ainda assim, tu serias meu encanto

É a condenação da minha alma
E a completa liberdade
Aguardo-te com agonizante calma
Pois tu és minha felicidade

E se mesmo assim não me quiseres
Sei bem o que será de mim
Escreverei cantando do amor as dores
E seguirei a vida aguardando…

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“Crime e Castigo”

Crime e Castigo

CRIME E CASTIGO

“Neste livro, Raskólnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, perambula pelas ruas de São Petersburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria – grandes homens, como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História.”

Ver: “Resenha de Crime e Castigo, de Dostoiévski”

Anna Kariênina” de Tolstói e, agora, “Crime e Castigo” de Dostoiévski foram as únicas obras russas que li.

As duas me marcaram bastante. Cada uma à sua maneira.

Essa obra mostra a pobreza e miséria da população, suas dificuldades, a fome, as doenças, a degradação humana.

Embora os aspectos centrais da obra sejam a culpa pelo crime que Raskólnikov cometeu, as angústias decorrentes dessa culpa e, ao mesmo tempo, os momentos em que ele se coloca acima do assassinato, como se ele estivesse automaticamente perdoado por ser um homem mais evoluído, cujos crimes são perdoados na história, comparando-se a Napoleão, confesso que outros aspectos me marcaram mais. São pontos secundários, que aparecem de forma discreta na história, sem destaque.

Sempre fico atenta aos papeis que as mulheres ocupam nas obras clássicas antigas. As duas obras russas que li, ambas do século XIX, ajudaram a mostrar uma sociedade onde a mulher parecia ter um papel maior do que o que se via na Europa ocidental. Posso estar completamente errada. Essa é uma análise pessoal e superficial, sem maiores pesquisas a respeito.

Mas, ao me basear em obras portuguesas, francesas e inglesas do mesmo período, tenho a sensação que nas obras russas, a opinião das mulheres é mais valorizada e, em ambas, comenta-se sobre a emancipação das mulheres e a necessidade de uma adequação das leis para tornar os tratamentos mais igualitários.

Nas obras da Europa ocidental, parece que a mulher tem sempre um papel subalterno, de alguém que não consegue pensar por si mesma e não exerce uma função decisiva de forma positiva.

Estou enganada?

As análises psicológicas, o início de observações do comportamento, os termos como “monomania” que indicava pensamentos repetitivos… E tudo isso excluído das crenças religiosas e dos aspectos místicos.

O questionamento da existência de Deus…

Cada personagem tem uma construção extremamente cuidadosa, com características individuais muito reais, o que os torna quase “vivos”, pessoas de verdade. Apenas esse aspecto já faz com que eu entenda o motivo de ser um clássico da literatura mundial.

Talvez eu ainda precise de alguns dias para digerir tudo. Não é um livro simples, que engolimos rápido e nos dá bem estar. A leitura é indigesta, repleta de sofrimento e miséria, sentimentos antagônicos, questionamentos vários.

Eventualmente, terei que reler, para conseguir absorver o muito que ficou faltando nessa primeira leitura.